O Dia Internacional das Mulheres carrega um histórico de luta pelos direitos e pela vida de todas as mulheres. Em 2021 não será diferente, inclusive para assistentes sociais, profissionais de uma categoria majoritariamente composta por mulheres. Em meio à pandemia do novo coronavírus (covid-19), muitos são os desafios para as assistentes sociais e para as mulheres em todo o mundo, em especial para as mulheres negras, indígenas, moradoras de periferia, desempregadas e as que estão na linha de frente de enfrentamento à covid-19.
Por isso, o CFESS, juntamente com entidades da sociedade civil e movimentos sociais, construiu um manifesto nacional (acesse aqui) com as principais lutas do dia 8 de março em 2021. Um dos temas centrais é a saúde pública e a defesa da vacinação para toda a população no Sistema Único de Saúde (SUS). O manifesto afirma que, na pandemia, "a tragédia humanitária foi muito além do vírus e das mortes".
Tais desafios se aprofundaram no contexto de crise sanitária e crise social, que escancararam, para toda a sociedade, o peso do trabalho doméstico, a importância dos serviços públicos e os impactos danosos do desmonte das políticas sociais para a classe trabalhadora brasileira e suas famílias, em maioria chefiadas por mulheres.
A categoria de assistentes sociais atua em políticas públicas em que a maioria de trabalhadoras e usuárias é também de mulheres. Por isso, a pauta feminista sempre esteve presente nos debates do Serviço Social. O CFESS compreende que a luta pelos direitos das mulheres, presente nas bandeiras de luta da categoria, é resultado também das experiências cotidianas nos espaços de trabalho e não se descola do trabalho profissional.
O documento ressalta ainda o aumento da jornada de trabalho, da violência doméstica e da dependência econômica das mulheres. “Somos nós, mulheres, que estamos na linha de frente do combate à covid. Ao mesmo tempo, seguimos carregando nas costas a responsabilidade pelo trabalho de cuidados e pela saúde de todas as pessoas, também dentro de casa”, diz o texto.
Outras pautas referem-se ainda a questões econômicas, como a luta pela revogação da Emenda Constitucional 95, do "teto de gastos", e a garantia do auxílio emergencial com valor de R$ 600 até o fim da pandemia, benefício que foi resultado de muita pressão popular, em meio ao aprofundamento da miséria no país.
Clique aqui e veja o manifesto “Mulheres na luta pela vida!”
*texto originalmente publicado pela assessoria de comunicação do CFESS.
CRESS Goiás
Assessoria de Comunicação