Ativistas negros e brancos, antirracistas, realizaram protesto em Goiânia contra o assassinato de João Alberto Freitas e o racismo. O ato ocorreu em frente ao hipermercado Carrefour (av. T-9), que segundo lideranças do Movimento Negro Unificado, recebeu os e as manifestantes “com uma tropa policial fortemente armada e fechou os portões”. Mesmo assim, a manifestação prosseguiu no local.
“Basta de racismo!”, “Racismo é crime”, “Punição para o Carrefour”, “Justiça para João Gualberto”, foram algumas das palavras que centenas de participantes gritaram durante a manifestação. O dirigente do Sindsaúde-Go, vereador eleito Mauro Rubem, apoiou e participou do ato.
O protesto, organizado ontem, 23 de novembro, foi organizado por várias entidades do movimento negro, entre elas o Movimento Negro Unificado, Rede Goiana de Mulheres Negras, Coletivo Rosa Parks, Grupo Pindoba, Pretas de Angola e o Centro de Referência Negra Lélia Gonzales.
João Alberto Freitas tinha 40 anos. Foi espancado até a morte em uma loja do supermercado Carrefour, em Porto Alegre, na última quinta-feira, dia 19 de novembro, véspera do Dia da Consciência Negra. O ato covarde e bárbaro de dois homens brancos desencadeou protestos por todo o país e repercutiu também fora do Brasil.
Os dois seguranças envolvidos no assassinato são Giovane Gaspar da Silva, de 24 anos; e Magno Braz Borges, de 30 anos. Giovani era policial militar temporário e, segundo a Polícia Federal, não tinha registro nacional para atuar como segurança. Os dois são funcionários de uma empresa terceirizada, a Vector Segurança, que prestava serviço para o hipermercado Carrefour.
CRESS Goiás
Assessoria de Comunicação
Cláudio Marques – DRT 1534