Conselho Regional de Serviço Social - CRESS Goiás disponibiliza link de entrevista com Aleksandr Chuchalin, o mais renomado pneumologista russo, sobre a Covid-19, publicada pelo site independente Outras Palavras. Em meio a tanta desinformação, nossa ideia é contribuir com informações confiáveis para que assistentes sociais e a população em geral possam lidar com esse momento, preocupados, mas sem pânico. Faça boa leitura e, se avaliar que cabe, compartilhe:
Para entender em profundidade a Covid-19
Como um vírus comum provocou, após mutação, a primeira pandemia do século XXI. Por que ele é brando, em 80% dos casos, mas pode tornar-se fatal. Que medidas profiláticas ajudam a evitar ataque aos brônquios, etapa crucial da doença.
OUTRASPALAVRAS
por Aleksandr Chuchalin
Aleksandr Chuchalin, da Academia Russa de Ciências, entrevistado pela RT | Tradução: Ruben Bauer Naveira*
Por todo o Ocidente, a ciência e a medicina não têm como ser “neutras”, posto que em algum grau elas adequam-se aos interesses do sistema. Por isso, conhecimentos de base empírica para o enfrentamento da epidemia de coronavírus que sejam oriundos de países asiáticos podem, quando inconvenientes, ser simplesmente desqualificados. Ainda assim, a Rússia figura entre os países mais bem-sucedidos na contenção da pandemia, mesmo tendo clima muito frio e possuindo extensa fronteira terrestre com a China.
A entrevista cujo link disponibilizamos abaixo, com Aleksandr Chuchalin, o mais renomado pneumologista russo, é bastante técnica. Por isso, segue um resumo:
A evolução da infecção pelo tipo de coronavírus denominado SARS-CoV-2 pode chegar a apresentar quatro fases distintas. A primeira fase assemelha-se a um resfriado comum, com coriza, mal-estar e estado subfebril. Justamente por ela não ser distinguível de um resfriado comum, a medicina ocidental não leva esta fase em conta, caracterizando a infecção por coronavírus apenas a partir da segunda fase (a da tosse e febre).
A segunda fase já é a da pneumonia. Ao contrário das gripes e resfriados, em que a tosse não é nada demais, nos casos de infecção por coronavírus a presença de tosse significa que as células epiteliais que revestem todo o trato respiratório inferior (desde a traqueia até os alvéolos pulmonares) estão sendo danificadas — e isso já é a pneumonia. Além disso, nesta fase a infecção por coronavírus compromete o sistema imunológico. O que não tem sido informado é que, mesmo naquelas pessoas que não cheguem ao ponto de sentir falta de ar, com a tosse indo aos poucos cedendo até cessar, o dano havido nos pulmões às células epiteliais que os revestem irá predispô-las à ocorrência de fibrose pulmonar no futuro.
A terceira fase, a da falta de ar, é a do agravamento da pneumonia, quando passa a ser necessária hospitalização para ventilação mecânica (entubação).
E a quarta fase é a da septicemia, com grave risco de morte.
A boa notícia é que cuidados bastante simples – gargarejos e aplicação de água salinizada nas narinas, explicados na entrevista – podem fazer com que a infecção fique restrita à primeira fase, não chegando a comprometer os brônquios e os alvéolos da pessoa acometida. Caso a doença chegue à segunda fase, medicação bastante simples à base de nebulização pode ajudar o organismo a se defender). (Ruben Bauer Naveira)
Clique aqui e acesse a íntegra da ENTREVISTA