Entidades sindicais e populares de Goiás estão convidando todas as mulheres e homens que defendem a paz no lugar da guerra, do amor no lugar do ódio e da Democracia ao invés da Ditadura, a se vestirem de preto e se somarem, hoje, dia 1º de abril, num ato unificado de repúdio ao Golpe Civil Militar ocorrido no Brasil na madrugada do dia 1º de abril de 1964 e que deu início aos 21 anos de trevas da Ditadura Militar no país.
A atividade se contrapõe às comemorações alusivas à mesma data programadas a se realizarem nos quartéis de todo o país, conforme determinação expressa do presidente e capitão reformado do Exército Jair Messias Bolsonaro. Ao contrário disso, os organizadores do ato informam que serão ressaltadas as milhares de prisões políticas, sequestros, torturas e mortes de homens, mulheres e crianças ocorridos nesse período, mas ocultados do povo brasileiro.
“Eu trago até hoje, com meus 81 anos de idade, as marcas desse tempo de terror oficial implantado no Brasil durante a ditadura militar”, disse ontem o jornalista e ex-preso político Pinheiro Salles, emocionando e segurando o próprio queixo quebrado nas torturas a que foi submetido, ao falar numa reunião com mais de 30 entidades sindicais, políticas e populares realizada na última quarta-feira, na sede da CUT-Goiás, com o objetivo de preparar o ato unificado de repúdio ao Golpe Civil Militar e à Ditadura.
A organização do evento, puxada pela Comissão dos Direitos Humanos e Liberdade de Imprensa do Sindicato dos Jornalistas de Goiás, CUT-GO e Associação dos Presos Políticos e Anistiados de Goiás – ANIGO, informa que o ato será iniciado com uma concentração na praça da Catedral de Goiânia, Centro, a partir das 16 horas, prosseguindo às 17 horas, com uma caminhada em cortejo rumo ao Monumento dos Mortos e Desaparecidos Políticos de Goiás, na esquina da Avenida Assis Chateaubriand com a rua 26, no
Durante todo o trajeto da caminhada, integrantes vão carregar cruzes ressaltando os nomes dos 15 homens e mulheres - a sua maioria ainda muito jovem - que foram mortos e desaparecidos aqui em Goiás, por essa mesma Ditadura que hoje querem ressuscitar. O final do evento será marcado por falas e manifestações culturais.
São os seguintes os nomes de goianos e pessoas desaparecidas e mortas no Estado de Goiás:
1. *Arno Preis
2. *Cassemiro Luís de Freitas
3. *Divino Ferreira de Souza
4. *Durvalino de Souza
5. *Honestino Monteiro Guimarães
6. *Ismael Silva de Jesus
7. *James Allen Luz
8. *Jeová de Assis
9. *José Porfírio de Souza
10. *Márcio Beck Machado
11. *Marcos Antônio Batista
12. *Maria Augusta Thomaz
13. *Ornalino Cândido
14. *Paulo de Tarso Celestino
15. *Rui Vieira Bebert
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Texto redigido pela jornalista Laurenice Noleto Alves – DRT-Go 180
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