Café com Direitos Humanos debateu o bioma e seus povos. Projeto teve seu último encontro do ano. Será retomado em 2025.

É preciso cuidar do Cerrado, tê-lo como extensão do nós, de nossos corpos, de nossas vidas. Saber e ter consciência de que ele, assim como a Amazônia, a Caatinga, a Mata Atlântica, o Pantanal e os Pampas são fundamentais para o nosso território, nosso país, para a sobrevivência do planeta Terra, Água, Fogo e Ar.

Essa foi uma das sínteses de mais uma edição do projeto Café com Direitos Humanos, realizado na semana passada pelo Centro de Juventudes Cajueiro e Instituto Brasil Central (Ibrace) Representaram o CRESS Goiás as conselheiras Sueli Almeida e Rosana Santana.

Quem destrói?

As e os participantes, com seus saberes e saberes agregados por camponesas e pesquisadoras participantes, desenvolveram o tema “Cerrado e seus Povos: Quem Protege é quem destrói?”, um convite para pensarmos os corpos que vivem e usufruem deste bioma, as mudanças climáticas e o racismo ambiental.

Entre as conclusões, o fato de que quem destrói este importante bioma são as cercas, os donos das cercas, os agrotóxicos, a mineração, a monocultura e tudo o que está representado sob o pomposo termo agronegócio. Nesse cenário, incluem-se a falta de consciência da população e a falta de fiscalização pelos órgãos ambientais que foram destroçados em tempos de governo recente – 2016 a 2022 – e passam agora por reconstrução ainda distante do minimamente necessário.

Assistentes sociais na defesa do Cerrado

Depois de interativo trabalho em grupo, as e os participantes elencaram apontamentos para a construção de uma carta “do que queremos para as próximas gerações e exigiremos dos poderes executivo, legislativo e judiciário (nas três esferas) visando a construção de um presente e um futuro sustentáveis”, ressalta Sueli Almeida. A Conselheira-presidente do CRESS Goiás considera fundamental ampliar a defesa do Cerrado como pauta da agenda política e militante do conjunto CFESS-CRESS.

A também conselheira Rosana Santana reforça: “O Bioma do Cerrado pede socorro. As e os assistentes sociais têm papel fundamental de levar informação e conhecimento aos diversos públicos atendidos”, conclui.

Sobre o Café com Direitos Humanos

O Café com Direitos Humanos é um projeto do Centro de Juventudes Cajueiro e do Instituto Brasil Central (Ibrace) em parceria com diversas entidades e instituições. São encontros que acontecem a cada dois meses para discussão de temas ligados aos direitos humanos. Os eventos são realizados na sede do Centro de Formação, Assessoria e Pesquisa em Juventude – Cajueiro, na Rua 83, nº 361, Setor Sul, Goiânia-GO.

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