Em carta-aberta, estudantes, professores e técnicos administrativos defendem ideia de uma UFG forte presente no interior do estado e reivindica que suas vozes sejam consideradas no debate. Serviço Social é um dos 7 cursos atualmente em funcionamento na Regional Goiás da universidade.
Estudantes, professores e técnicos administrativos da UFG, na Cidade de Goiás fizeram um protesto na noite de terça-feira, 13/06, durante o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental – FICA. O objetivo do ato público foi chamar a atenção da sociedade para projeto da reitoria da UFG que prevê uma reestruturação administrativa das unidades acadêmicas do Câmpus Goiás. Para a comunidade acadêmica local, a proposta, além de não ter sido debatida adequadamente, fragiliza a ideia de uma universidade forte no interior do estado.
“Não vamos aceitar retrocessos”
Durante o ato, o professor do Curso de Serviço Social do Câmpus Goiás e diretor da Regional Planalto do Andes-Sindicato, Luis Augusto Vieira reforçou os motivos da manifestação: “Viemos à rua para dizer que o nosso câmpus está ameaçado na sua estrutura física maior. Estamos aqui para denunciar que nós, docentes, discentes e técnicos não aceitamos a reestruturação que está sendo colocada pela reitoria para o nosso câmpus, pois bem sabemos que o nosso campus vai perder com essa reestruturação, que pra nós é uma desestruturação. Nesse sentido, estamos aqui para dizer em alto e bom som: não vamos aceitar retrocessos no câmpus”, frizou.
Segundo o professor, o Câmpus contribui com a educação não só no município de Goiás, mas social e politicamente para toda a região. “(O Câmpus) produz conhecimento que abarca populações que não têm condições de se dirigir até a capital para um curso público gratuito de qualidade”, destaca Luis Augusto Vieira.
Atualmente, segundo o site da UFG, a Regional Goiás conta com cerca de 1000 alunos matriculados em sete cursos de graduação: Administração, Arquitetura e Urbanismo, Direito, Direito (Pronera), Filosofia (licenciatura e bacharelado), Licenciatura em Educação do Campo e Serviço Social; e um de pós-graduação em Educação de Jovens e Adultos (EJA). As graduações estão distribuídas nas Unidades de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
Carta aberta
Em carta aberta da comunidade acadêmica, a Comissão de Mobilização Docente e Movimento Estudantil do Câmpus Goiás reconhece problemas como a evasão e o baixo ingresso, mas afirma acreditar fortemente em seu trabalho de desenvolvimento humano, tendo como resultado o fato de que as e os estudantes egressos têm seguido carreiras acadêmicas e alcançado o desenvolvimento profissional. “E, para além disso, recebemos relatos que indicam vidas transformadas, a partir da formação crítica e libertadora”, fruto de construção coletiva da UFG, UEG e IFG que, juntas, “têm provocado importante impacto econômico, social e político na Cidade de Goiás”, destaca o documento.
A comunidade reivindica um debate amplo, antes da adoção de qualquer medida.
Outro lado
A UFG, por sua vez, segundo informações publicadas pela TV Anhanguera, diz que tem realizado estudos para reorganizar os câmpus e torná-los mais dinâmicos; que a proposta ainda está em discussão e mantém os canais de diálogo abertos com todas as unidades.
A assessoria de comunicação do CRESS Goiás solicitou formalmente à assessoria da UFG que, se possível, ainda pela manhã, envie nota sobre a proposta da reitoria da UFG, o que até meio-dia ainda não havia ocorrido. Assim que a recebermos, atualizaremos esta matéria.
- ACESSE À ÍNTEGRA DA CARTA ABERTA DA COMUNIDADE ACADÊMICA DO CÂMPUS GOIÁS SOBRE A REESTRUTURAÇÃO ADMINISTRATIVA PROPOSTA PELA REITORIA DA UFG
CRESS Goiás
Assessoria de Comunicação
Cláudio Marques – DRT 1534