Condições de trabalho precárias atrapalham o andamento do trabalho profissional de assistentes sociais em vários municípios de Goiás. Profissionais reclamam da falta de sala de atendimento, de sigilo, e de local para guarda do material técnico, além de requisições indevidas que fogem da competência do assistente social e a interferência no trabalho por parte dos gestores. Também não são raras as reclamações de empregos com salários baixos, e demandas de horário fora do permitido por lei, de 30 horas semanais.
Diante dos relatos, o Conselho Regional de Serviço Social - CRESS Goiás, por meio da Comissão de Orientação e Fiscalização - COFI, se reuniu, na última quinta-feira, 9/02, com profissionais de vários municípios goianos, que serão visitados, com o intuito de colher demandas e conhecer a realidade das/os assistentes sociais.
FISCALIZAÇÃO
Equipe de fiscais do Conselho viaja, entre esta segunda-feira, 13/02, e quarta-feira, 15/02, para nove municípios goianos para constatar a situação das condições de trabalho nos locais, na busca da defesa do espaço profissional e das atribuições e competências profissionais, como orienta a Política Nacional de Fiscalização do Conjunto CFESS-CRESS - PNF (Resolução CFESS 512/2017). Entre as cidades, estão Senador Canedo, Cromínia, Mairipotaba, Pontalina, Edealina, Edéia, Palmeiras de Goiás, Campestre de Goiás e Trindade.
Durante a semana, a equipe faz visitas de fiscalização e orientação em unidades que possuem assistentes sociais em atuação. As agentes fiscais do CRESS Goiás Renata Carvalho Resende e Thaísy Cunha Pessoa são as responsáveis pelas visitas.
REUNIÃO
Na reunião da última semana, a COFI, juntamente com profissionais de unidades do interior, debateram sobre a necessidade das visitas de orientação e fiscalização nas cidades da Grande Goiânia e do interior. As rotas de viagem até o mês de maio foram aprovadas em reunião da Comissão no dia 01/02.
CRONOGRAMA
Conselheira-presidente do CRESS Goiás, Nara Costa explica que, com a pandemia, em 2020 e 2021, as visitas in loco dos agentes fiscais foram afetadas. No ano passado, já foram feitas algumas visitas até agosto, quando ocorreu a última. Agora, o Conselho retoma com o cronograma de fiscalização e orientação, com cinco rotas já definidas para o ano. "Conciliamos as agendas para dar resposta às demandas que chegaram ao CRESS e, também, em municípios que não haviam sido feitas visitas recentemente. Vamos avançar na cobertura", afirma.
A proposta é também implementar uma nova metodologia antes das visitas, onde serão feitas reuniões com profissionais dos municípios. "Vamos ouvir, dialogar e construir melhor a forma de desenvolver o trabalho. Ali, no momento da conversa, conseguimos identificar demandas para priorizarmos nas visitas", disse.
Nara destaca ainda que o Conselho tem como premissa atuar na fiscalização das condições de trabalho. “Uma das ações fundamentais é a orientação e a fiscalização. Com isso, pretendemos construir junto com os profissionais as estratégias que vamos utilizar na busca de caminhos para mitigar parte dos desafios que encontramos no cotidiano do exercício profissional", afirma.
A conselheira aponta ainda para as dificuldades causadas pelo Teto de Gastos, previsto na Emenda Constitucional 95 (EC 95), no avanço de políticas públicas e, consequentemente, na atuação de profissionais da área. "Nosso trabalho, enquanto executor dessas políticas públicas, fica prejudicado", finaliza.
Continue com o CRESS nessa luta!
Ao saber de irregularidades nas instituições de trabalho de assistentes sociais por todo o Estado de Goiás, comunique ao Conselho:
• E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
• WhatsApp/Telefone: (62) 32248007
Por fim, você, assistente social, que recebeu visita de orientação e fiscalização em sua unidade de trabalho, informe ao CRESS se as irregularidades foram sanadas.