Durante manifestação, lideranças sindicais dialogaram e distribuíram para a população uma carta-aberta que destaca a luta a resistência das/os trabalhadoras/es em defesa dessa política pública.
Dois eventos em Goiânia marcaram o Dia do Aposentado e da Aposentada e os 100 anos da Previdência Social no Brasil, celebrados na tarde de terça-feira, dia 24 de janeiro: uma reunião de aposentadas/os e um ato público.
Em sua sede, no Setor Sul, o Sintfesp-Go/To realizou uma bela reunião com servidoras e servidores aposentados do INSS e do Ministério da Saúde, que teve palestra da diretora do sindicato, Terezinha Aguiar, sobre a história da Previdência no Brasil e uma reflexão apresentada pela aposentada do Ministério da Saúde e atriz, Zorade Barros. Emocionada, ela homenageou a história de luta do Sindicato e da categoria como um todo.
A programação teve também cantoria com o músico Halex Frederico, com destaque para o lindo momento em que, juntas e juntos, ele e todas as pessoas presentes interpretaram “Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré. A atividade foi finalizada com a comemoração dos aniversariantes da diretora do sindicato, Wilma Alves de Almeida e da trabalhadora de base Maurina Lopes.
ATO PÚBLICO
No mesmo dia, também à tarde, lideranças de organizações democráticas, sindicais e populares realizaram histórico ato público de celebração dos 100 anos da Previdência Social no Brasil. Durante a manifestação, em frente à Agência da Previdência Social – APS Goiânia-Centro, fizeram reflexões sobre o passado, o presente e o futuro de luta e resistência da classe trabalhadora pelos seus direitos. Para a população usuária do INSS e caminhantes da avenida Goiás, distribuíram uma carta-manifesto que resgata parte dessa história e aponta caminhos.
O documento destaca que a Previdência Social é uma política pública fundamental, na medida em que ampara a classe trabalhadora em situações de afastamento, acidentes, doenças do trabalho e aposentadoria. Mas também denuncia as permanentes tentativas da elite e de governos, notadamente os últimos, em atuarem para privatizá-la, por meio de falsas reformas (como a Emenda Constitucional 103) que na verdade têm sido contrarreformas.
Assinada pelo Sintfesp-Go/To, CUT, CTB, Conlutas, Intersindical e Fórum Goiano em Defesa dos Direitos, da Democracia e da Soberania, a carta afirma, por exemplo, que o “Ministério da Previdência foi extinto, causando impactos no atendimento no INSS, autarquia responsável por executar as políticas da Previdência Social, reconhecer direitos do/a trabalhador/a, no atendimento recebido nos serviços previdenciários (Serviço Social e Reabilitação Profissional) e na concessão de aposentadorias, pensões, salário-maternidade e outros benefícios”.
As entidades denunciam ainda que o governo Bolsonaro aproveitou-se do enorme déficit de servidores/as para, na prática, decretar o fim do atendimento presencial nas 1700 APS do País. E enfatizam que o atendimento remoto, por meio do 135 e do Meu INSS, realizado por trabalhadores/as terceirizados “muitas vezes não dá conta da demanda dos requerentes”, e é inacessível para a maior parte da população. Evidenciam também que mesmo durante a pandemia -- e apesar das péssimas condições de trabalho -- as/os servidoras/as do INSS não deixaram de trabalhar.
Por fim, defendem que para melhor atender a população e reduzir o represamento de mais de 5 milhões de benefícios (dados de dezembro) será preciso que o novo governo invista em estrutura, sistemas e condições de trabalho, nomeie urgentemente as mil pessoas aprovadas no último e realize um novo concurso, que realmente atenda às demandas da população brasileira.
Além de dirigentes das entidades organizadoras, participaram do ato a vereadora Kátia Maria e o deputado estadual eleito Mauro Rubem, ambos do PT.
Clique no link abaixo e acesse a íntegra da carta-manifesto:
100 anos da Previdência Social no Brasil: uma história de luta e resistência
*com informações do Sintfesp-Go/To
CRESS 19ª Região Goiás
Assessoria de Comunicação
Cláudio Marques – DRT 1534