Corro perigo
como toda pessoa que vive
e a única coisa que me espera
é o inesperado
(Trecho da música Que o Deus venha, de Cazuza.
Extraído da agenda do Conjunto CFESS/CRESS)
Recentemente, as contas do presidente da República do Brasil foram bloqueadas pelo Facebook e Youtube. Isso pelo motivo de disseminar mentira (mais uma entre tantas!), vinculando a AIDS à vacina contra Covid-19.
“Nossas políticas não permitem acusações de que as vacinas contra a covid-19 matam ou causam danos graves às pessoas”, afirmou um porta-voz do Facebook. O Youtube também foi correto ao anunciar a remoção do conteúdo “por violar as nossas diretrizes de desinformação médica sobre a Covid-19 ao alegar que as vacinas não reduzem o risco de contrair a doença e que causam outras doenças infecciosas”.
Lamentavelmente essa incompostura do presidente só reforça o que pesquisas vêm constatando desde quando surgiu a epidemia de AIDS, há cerca de 40 anos: o preconceito persiste! É o que mostra estudo do programa das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), realizado com 1.784 soropositivos.
Segundo a pesquisa, 64% das pessoas entrevistadas já sofreram algum tipo de discriminação: 46% por meio de comentários de familiares, vizinhos e amigos, 25% em assédios verbais e 20% chegaram a ter perda de fonte de renda ou foram rejeitados em uma oferta de emprego, informa o jornal Folha de São Paulo.
Tão grave quanto é o fato de que cerca de 15% dos entrevistados relatam ter sofrido discriminação em serviços de saúde nos 12 meses que antecederam a pesquisa, que foi realizada em sete capitais brasileiras em 2019.
Segundo o estudo, entre as atitudes dos profissionais da saúde foram mencionadas, por exemplo, evitar o contato físico (6,8%) e a quebra de sigilo de informação sobre a saúde (5,8%) – o que contraria os protocolos do SUS e leis que garantem que ninguém deva passar por esse tipo de constrangimento ou agressão, destaca a Folha.
“O estigma é tamanho que 81% dos entrevistados pela Unaids dizem que ainda é muito difícil revelar sua sorologia para outras pessoas”, ressalta o jornal.
Saiba mais sobre a pesquisa divulgada pela Folha: https://outline.com/y2aRfv
Importante
Já há décadas o avanço da ciência permite que as pessoas que vivem com HIV possam ter acesso a terapias de prevenção e de tratamento. Saiba mais neste link: https://outline.com/aUGZkh .
*com informações dos jornais El País/Brasil e Folha de São Paulo
CRESS Goiás
Assessoria de Comunicação
Cláudio Marques – DRT 1534